EPI para proteção respiratória: Dicas de como escolher

EPI para proteção respiratória: Dicas de como escolher

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Tanto nos processos industriais, quanto na agricultura e construção civil, a contaminação do ar com produtos e partículas, muitas vezes nocivas à saúde, demanda o uso de EPI para proteção respiratória. Este artigo irá auxiliá-lo na escolha do melhor EPI para proteção respiratória dos trabalhadores da sua empresa.

 

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EPI para proteção respiratória

Os trabalhadores que atuam expostos a uma atmosfera contaminada necessitam do uso de EPI para proteção respiratória. Vale lembrar que o uso de EPI para proteção respiratória somente deve ser considerado em último caso. A hierarquia recomendada para mitigar os riscos é a seguinte:

Medidas de Eliminação: Eliminar a condição perigosa como por exemplo, deixar de fazer um processo que emite muito ruído.

Medidas de Substituição ou Minimização: Substituir a fonte de ruído por outra. Por exemplo, substituir o uso de um equipamento barulhento por um silencioso.

Medidas de Engenharia: Mudança estrutural no ambiente de trabalho de modo a introduzir barreiras entre a condição perigosa e, portanto, a energia envolvida, e as pessoas. Exemplo, construir paredes que absorvam o barulho.

Medidas de Separação ou Segregação: Criar meios de circulação da energia em caminhos alternativos de modo a evitar o contato das pessoas com essa energia. Exemplo enclausurar uma máquina barulhenta.

Medidas Administrativas: Procedimentos e treinamento para a execução do trabalho. Além de sinalização, alarme, permissão de trabalho, controle de acesso e inspeção.

EPI para proteção respiratória: Fornecimento e controle de equipamentos de proteção individual visando proteger cada trabalhador individualmente caso nenhuma das ações acima tenham resolvido o problema.

O EPI para proteção respiratória pode ser respiradores ou máscaras que protegem os trabalhadores contra a inalação de contaminantes gerados por agentes químicos como poeiras, névoas, fumos, gases e vapores e também usados em caso de deficiência de oxigênio.

Além disso, quando utilizado corretamente, previne as doenças ocupacionais provocadas pela inalação desses contaminantes (poeiras, fumos, névoas, fumaças, gases e vapores).

Tipos de EPI para proteção respiratória

Basicamente, o EPI para proteção respiratória pode ser:

  • Respirador Facial;
  • Respirador Descartáveis;
  • Respirador Semi Facial;
  • Equipamento de respiração autônomo; e
  • Sistema de Linha de Ar.

O EPI para proteção respiratória conta ainda com alguns acessórios que são: base para filtro, película para respirador facial e retentor para filtro mecânico, entre outros. Um dos acessórios mais importantes do EPI para proteção respiratória é o filtros. Os filtros podem ser dos seguinte tipos:

  • Filtro mecânico;
  • Filtro Químico;
  • Filtro Combinado.

Lembre-se, a escolha do melhor EPI para proteção respiratória deve ser feita por um profissional qualificado para isso.

Tipos de EPI para proteção respiratória listados na NR-6

O Ministério do Trabalho publicou o Anexo I da NR-6 relacionando os tipos possíveis de EPI para proteção respiratória. Veja a seguir a relação completa:

D – EPI PARA PROTEÇÃO RESPIRATÓRIA
D.1 – Respirador purificador de ar não motorizado:

a) peça semifacial filtrante (PFF1) para proteção das vias respiratórias contra poeiras e névoas;

b) peça semifacial filtrante (PFF2) para proteção das vias respiratórias contra poeiras, névoas e fumos;

c) peça semifacial filtrante (PFF3) para proteção das vias respiratórias contra poeiras, névoas, fumos e radionuclídeos;

d) peça um quarto facial, semifacial ou facial inteira com filtros para material particulado tipo P1 para proteção das vias respiratórias contra poeiras e névoas; e ou P2 para proteção contra poeiras, névoas e fumos; e ou P3 para proteção contra poeiras, névoas, fumos e radionuclídeos;

e) peça um quarto facial, semifacial ou facial inteira com filtros químicos e ou combinados para proteção das vias respiratórias contra gases e vapores e ou material particulado.

D.2 – Respirador purificador de ar motorizado:

a) sem vedação facial tipo touca de proteção respiratória, capuz ou capacete para proteção das vias respiratórias contra poeiras, névoas, fumos e radionuclídeos e ou contra gases e vapores;

b) com vedação facial tipo peça semifacial ou facial inteira para proteção das vias respiratórias contra poeiras, névoas, fumos e radionuclídeos e ou contra gases e vapores.

D.3 – Respirador de adução de ar tipo linha de ar comprimido:

a) sem vedação facial de fluxo contínuo tipo capuz ou capacete para proteção das vias respiratórias em atmosferas com concentração de oxigênio maior que 12,5%;

b) sem vedação facial de fluxo contínuo tipo capuz ou capacete para proteção das vias respiratórias em operações de jateamento e em atmosferas com concentração de oxigênio maior que 12,5%;

c) com vedação facial de fluxo contínuo tipo peça semifacial ou facial inteira para proteção das vias respiratórias em atmosferas com concentração de oxigênio maior que 12,5%;

d) de demanda com pressão positiva tipo peça semifacial ou facial inteira para proteção das vias respiratórias em atmosferas com concentração de oxigênio maior que 12,5%;

e) de demanda com pressão positiva tipo peça facial inteira combinado com cilindro auxiliar para proteção das vias respiratórias em atmosferas com concentração de oxigênio menor ou igual que 12,5%, ou seja, em atmosferas Imediatamente Perigosas à Vida e a Saúde (IPVS).

D.4 – Respirador de adução de ar tipo Máscara Autônoma

a) de circuito aberto de demanda com pressão positiva para proteção das vias respiratórias em atmosferas com concentração de oxigênio menor ou igual que 12,5%, ou seja, em atmosferas Imediatamente Perigosas à Vida e a Saúde (IPVS);

b) de circuito fechado de demanda com pressão positiva para proteção das vias respiratórias em atmosferas com concentração de oxigênio menor ou igual que 12,5%, ou seja, em atmosferas Imediatamente Perigosas à Vida e a Saúde (IPVS).

D.5 – Respirador de fuga

a) respirador de fuga tipo bocal para proteção das vias respiratórias contra gases e vapores e ou material particulado em condições de escape de atmosferas Imediatamente Perigosas à Vida e a Saúde (IPVS).

Treinamento no uso de EPI para proteção respiratória

A NR-6 deixa bem claro ao empregador quanto a sua responsabilidade em treinar o trabalhador. Veja o item 6.6.1 d):

6.6.1 d) Cabe ao empregador quanto ao EPI: d) orientar e treinar o trabalhador sobre o uso adequado, guarda e conservação;

Portanto, cada usuário de respirador deve receber treinamento e reciclagem, com explanação e discussão sobre:

Risco respiratório e efeito sobre o organismo humano se o respirador não for usado de modo correto;

Razões que levaram à seleção de um tipo específico de respirador;

  • Funcionamento, características e limitações do respirador selecionado;
  • Modo de colocar o respirador, verificando se ele está ajustado corretamente no rosto;
  • Cuidados de manutenção, inspeção e guarda quando não estiver em uso;
  • Reconhecimento de situações de emergência e como enfrentá-las; e
  • Exigências legais sobre o uso de respiradores para certas substâncias.

Fonte: Área SST

Manutenção do EPI para proteção respiratória

A manutenção do EPI para proteção respiratória é algo que demanda conhecimento e habilidade, portanto, somente pessoas treinadas na manutenção e montagem de respirador devem fazer as manutenções indicadas para o equipamento.

Higienização do EPI para proteção respiratória

O respirador deve ser limpo e higienizado regularmente conforme orientação do fabricante.

Quando o EPI para proteção respiratória tiver que ser usado por mais de um usuário, o mesmo deve ser higienizado completamente após cada uso. Os respiradores utilizados nos ensaios de vedação devem ser limpos e desinfetados após cada ensaio.

Validade do filtro do EPI para proteção respiratória

De acordo com direito do consumidor, todo produto deve indicar a sua data de validade. Respeite esse prazo rigorosamente. Existe um sistema on-line que pode lhe ajudar nessa tarefa, clique aqui.

Estabeleça um prazo para a troca do filtro e do EPI para proteção respiratória como um todo, então, respeite sempre esse prazo. Considerando a data de entrega do EPI para proteção respiratória. Existe um sistema on-line que pode lhe ajudar nessa tarefa. Acesse a CM Center a saiba mais.
Armazenar em áreas livres de contaminantes no ar, como vapores e gases, pois esses ambientes diminuem sua vida útil;
Observar a colocação correta dos filtros.

Considerações finais

Lembre-se: escolher e distribuir os EPIs para os trabalhadores representa apenas o início de um bom trabalho de prevenção. Para garantir a segurança dos seus colegas é preciso:

  • Fazer as entregas no tempo certo;
  • Monitorar o uso e as condições dos EPIs;
  • Treinar os trabalhadores quanto ao uso; e
  • Ter planos de ação eficazes para sanar os problemas e promover a melhoria contínua.

Para isso, você precisa de um software que lhe ajudar na gestão da segurança da sua empresa. A CM Center possui uma solução simples e completa a um preço muito acessível. Acesse agora mesmo e faça um “Test Drive” sem nenhum compromisso.

 

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Entenda sobre o controle de distribuição de EPI

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Os equipamentos de proteção individual (EPI) servem para proteger tanto o trabalhador quanto a empresa. Porém, para que tudo funcione bem, algumas rotinas devem ser estabelecidas e respeitadas. Ter um controle de distribuição de EPI pode ser importante para ações judiciais trabalhistas, principalmente em casos de acidentes ou processos trabalhistas.

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ENTENDA SOBRE O CONTROLE DE DISTRIBUIÇÃO DE EPI

Todo processo laboral submete o trabalhador a algum nível de risco. Sempre que possível, cabe a empresa tentar eliminar o risco na sua origem. Porém, algumas vezes, isso não se faz possível, então a empresa deve tentar tomar medidas para a proteção coletiva, ou seja, tentar isolar o risco. Essas medidas de proteção coletiva também são conhecidas como medidas de controle de engenharia. Quando nenhuma dessas ações eliminou a causa, então a empresa deve adotar os equipamentos de proteção individual (EPI).

O que o Ministério do Trabalho diz?

Quando a empresa toma a decisão de adotar algum EPI, ela automaticamente fica sujeita à norma regulamentadora NR-6 do Ministério do Trabalho. No seu item 6.3, ela esclarece:

6.3 A empresa é obrigada a fornecer aos empregados, gratuitamente, EPI adequado ao risco, em perfeito estado de conservação e funcionamento, nas seguintes circunstâncias:

a) sempre que as medidas de ordem geral não ofereçam completa proteção contra os riscos de acidentes do trabalho ou de doenças profissionais e do trabalho;

b) enquanto as medidas de proteção coletiva estiverem sendo implantadas; e,

c) para atender a situações de emergência.

Neste momento, já nos deparamos com a primeira questão: “Como a empresa prova que entregou gratuitamente os EPIs?”. A única resposta é: com um controle de distribuição de EPI.

Além disso, a NR-6 também diz o seguinte:

6.6.1 Cabe ao empregador quanto ao EPI:

a) adquirir o adequado ao risco de cada atividade;

b) exigir seu uso;

c) fornecer ao trabalhador somente o aprovado pelo órgão nacional competente em matéria de segurança e saúde no trabalho;

d) orientar e treinar o trabalhador sobre o uso adequado, guarda e conservação;

e) substituir imediatamente, quando danificado ou extraviado;

f) responsabilizar-se pela higienização e manutenção periódica;

h) registrar o seu fornecimento ao trabalhador, podendo ser adotados livros, fichas ou sistema eletrônico.

O que fazer para atender a NR-6?

Com isso, surge mais uma série de perguntas, como:

  • Como a empresa comprova que adquiriu o EPI adequado ao risco? – Com um controle de distribuição de EPI!
  • Como a empresa comprova que está exigindo o uso do EPI? – Com um controle de distribuição de EPI!
  • Como a empresa comprova que o EPI fornecido foi aprovado por um órgão competente? – Com um controle de distribuição de EPI!
  • Como a empresa comprova que o trabalhador foi treinado ao uso do EPI? – Com um controle de distribuição de EPI!
  • Como a empresa comprova que os EPIs danificados estão sendo substituídos? – Com um controle de distribuição de EPI!
  • Como a empresa comprova que os EPIs estão sendo higienizados e mantidos? – Com um controle de distribuição de EPI!
  • E finalmente, como a empresa registra o fornecimento dos EPIs? – Com um controle de distribuição de EPI!

Definições do controle de distribuição de EPI

Para que a empresa, juntamente com o SESMT possam ter um bom controle de distribuição de EPI, antes de mais nada se deve definir:

  1. Quais EPIs devem ser distribuídos por cargo;
  2. Quais são os trabalhadores que exercem os cargos que requerem EPI;
  3. Para cada EPI requerido, quais são os fabricantes e modelos que atendem aos requisitos do risco;
  4. Para cada modelo de EPI, qual é a validade do seu certificado de aprovação (CA-EPI) junto ao Ministério do Trabalho;
  5. De quanto em quanto tempo o EPI deve ser trocado;
  6. Qual a validade do EPI impressa na embalagem;

Tarefas do controle de distribuição de EPI

Tendo tudo definido, cabe ao SESMT manter o controle de distribuição de EPI da seguinte forma:

  1. Identificar todo novo Trabalhador e aplicar o treinamento de cada EPI que ele for usar. Imprimir um certificado de participação, colher a assinatura e arquivar;
  2. Identificar os Trabalhadores que estiverem com treinamento vencido e aplicar o treinamento. Imprimir o certificado de participação, colher a assinatura e arquivar;
  3. Identificar os EPIs cuja validade estiver vencida, os EPIs danificados e os EPIs que já estiverem na hora de trocar. Comprar os EPIs, fazer a entrega, colher a assinatura e arquivar;
  4. Monitorar, periodicamente se os EPIs estão sendo usados e em bom estado. Caso não, substituir o EPI ou advertir o Trabalhador.

Esse é o dia a dia do SESMT quanto ao controle de distribuição de EPI. Porém, não se deve esquecer do controle de estoque de EPIs. Saber com antecedência o que se vai precisar é imprescindível para não deixar faltar nada.

Automatizando o controle de distribuição de EPI

Já se foi o tempo em que se fazia o controle de distribuição de EPI com o uso de um caderno ou com fichas de EPI. Hoje em dia, temos a tecnologia nos auxiliando na tarefa de controlar as atividades do SESMT de maneira muito simples, eficiente e econômica.

A CM Center, no seu software on-line de sistema de gestão de segurança do trabalho, tem, entre outros módulos, um que lhe ajuda no controle de distribuição de EPI. Faça agora mesmo um teste e veja como tudo ficou bem mais simples.

Não coloque mais em risco a vida e a saúde de seus colegas, acesse a CM Center agora mesmo e use a tecnologia a seu favor.

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Cuidar da vida dos seus colegas e da integridade da sua empresa vale muito. Não ponha tudo a perder confiando na sua memória ou em processos manuais.

 

Um abraço,

Alvaro Freitas

 

 

Publicado em EPI