Acidentes causados por queda em altura é uma das mais importantes causas de acidente de trabalho. O uso de EPI para trabalho em altura, seu treinamento e conservação é protegido por lei. A escolha do EPI para trabalho em altura deve ser feita de maneira consciente. Veja a seguir algumas dicas:
EPI para trabalho em altura
Segundo a NR-35 TRABALHO EM ALTURA , item 35.1.2: “Considera-se trabalho em altura toda atividade executada acima de 2,00 m (dois metros) do nível inferior, onde haja risco de queda.”
Dessa forma, todo trabalhador que exerça alguma atividade, mesmo que esporádica, nessa situação, deve atender a NR-35. Ou seja, deve ser treinado e possuir o EPI para trabalho em altura. Além disso, deve atuar somente em locais onde haja dispositivo de ancoragem, caso contrário, o EPI para trabalho em altura não terá efeito.
Situação em que se deve usar EPI para trabalho em altura
Antes mesmo de se pensar em comprar um EPI para trabalho em altura devemos tentar ao máximo eliminar o risco. Veja alguns exemplos:
- A tarefa poderia deixar de ser realizada?
- A tarefa pode ser realizada a menos de 2 metros de altura?
- Ao invés do trabalhador subir, o objeto não poderia descer?
- O local não poderia ser isolado a ponto de eliminar o risco de queda? Exemplo, cercar o local de trabalho com grades.
Caso nenhuma das ações acima possam ser realizadas, então, o EPI para trabalho em altura deve ser usado.
Preparação antes do uso do EPI para trabalho em altura
Antes de se entregar um EPI para trabalho em altura para um trabalhador, os seguintes cuidados devem ser tomados:
- Treine o trabalhador em uma instituição confiável que emita certificado de acordo com a NR-35;
- Escolha o EPI para trabalho em altura adequado ao trabalho e à situação;
- Compre o EPI para trabalho em altura que tenha CA válido emitido pelo Ministério do Trabalho;
- Garanta sempre que o EPI esteja em boas condições e dentro da validade. A CM Center possui um aplicativo que lhe ajuda a controlar isso. Para maiores informações, clique aqui!
- Tenha instalado no local de trabalho os devidos dispositivos de ancoragem. Dispositivo de ancoragem é o local onde o EPI para trabalho em altura ficará preso a fim de evitar a queda do trabalhador.
Definições sobre EPI para trabalho em altura
Antes de prosseguir, vamos fazer algumas definições relacionadas ao EPI para trabalho em altura. Fonte: NR-35
Absorvedor de energia:
Elemento com função de limitar a força de impacto transmitida ao trabalhador pela dissipação da energia cinética.
Ancoragem estrutural:
Elemento fixado de forma permanente na estrutura, no qual um dispositivo de ancoragem ou um EPI pode ser conectado.
Cinturão de segurança tipo paraquedista:
Equipamento de Proteção Individual utilizado para trabalhos em altura onde haja risco de queda, constituído de sustentação na parte inferior do peitoral, acima dos ombros e envolta nas coxas.
Dispositivo de ancoragem:
Dispositivo removível da estrutura, projetado para utilização como parte de um sistema pessoal de proteção contra queda, cujos elementos incorporam um ou mais pontos de ancoragem fixos ou móveis.
Elemento de engate:
Elemento de um cinturão de segurança para conexão de um elemento de ligação.
Elemento de engate para retenção de quedas:
Elemento de engate projetado para suportar força de impacto de retenção de quedas, localizado na região dorsal ou peitoral.
Elemento de fixação:
Elemento destinado a fixar componentes do sistema de ancoragem entre si.
Elemento de ligação:
Elemento com a função de conectar o cinturão de segurança ao sistema de ancoragem, podendo incorporar um absorvedor de energia. Também chamado de componente de união.
Equipamentos auxiliares:
Equipamentos utilizados nos trabalhos de acesso por corda que completam o cinturão tipo paraquedista, talabarte, trava-quedas e corda, tais como: conectores, bloqueadores, anéis de cintas têxteis, polias, descensores, ascensores, dentre outros.
Estrutura:
Estrutura artificial ou natural utilizada para integrar o sistema de ancoragem, com capacidade de resistir aos esforços desse sistema.
Extensor:
Componente ou elemento de conexão de um trava-quedas deslizante guiado.
Ponto de ancoragem:
Parte integrante de um sistema de ancoragem onde o equipamento de proteção individual é conectado.
Sistema de acesso por cordas:
Sistema de trabalho em que são utilizadas cordas como meio de acesso e como proteção contra quedas.
Sistema de posicionamento no trabalho:
Sistema de trabalho configurado para permitir que o trabalhador permaneça posicionado no local de trabalho, total ou parcialmente suspenso, sem o uso das mãos.
Sistema de Proteção contra quedas – SPQ:
Sistema destinado a eliminar o risco de queda dos trabalhadores ou a minimizar as consequências da queda.
Sistema de restrição de movimentação:
SPQ que limita a movimentação de modo que o trabalhador não fique exposto a risco de queda.
Sistema de retenção de queda:
SPQ que não evita a queda, mas a interrompe depois de iniciada, reduzindo as suas consequências.
Talabarte:
Dispositivo de conexão de um sistema de segurança, regulável ou não, para sustentar, posicionar e/ou limitar a movimentação do trabalhador.
Trava-queda:
Dispositivo de segurança para proteção do usuário contra quedas em operações com movimentação vertical ou horizontal, quando conectado com cinturão de segurança para proteção contra quedas.
Zona livre de queda – ZLQ:
Região compreendida entre o ponto de ancoragem e o obstáculo inferior mais próximo contra o qual o trabalhador possa colidir em caso de queda, tal como o nível do chão ou o piso inferior.
Características do EPI para trabalho em altura
O EPI para trabalho em altura deve ser escolhido tendo em vista o risco identificado na avaliação prévia. A escolha deve considerar no mínimo os seguintes items:
- Tempo de exposição ao risco;
- Frequência do trabalho;
- Gravidade da queda;
- Condições do local de trabalho;
- Estrutura física do trabalhador (tamanho e peso).
Escolhendo o EPI para trabalho em altura certo para cada caso
O mercado oferece uma gama de equipamentos de proteção individual destinados à proteção dos trabalhadores em altura. Para facilitar a seleção do melhor equipamento, relacionamos alguns tipos disponíveis.
EPI para trabalho em altura: Cinturão Paraquedista |
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Equipamento de proteção destinado a reter o trabalhador em caso de queda. Ele é composto por fitas fivelas e pontos de fixação. Ele também possui acessórios para aumentar o conforto do trabalhador durante o uso, queda e sustentação. |
EPI para trabalho em altura: Cinturão abdominal |
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O cinturão abdominal tem a função de segurar o trabalhador do mínimo pela cintura a fim de reter e posicionar o trabalhador no ser local de trabalho. Esse equipamento não substitui o cinturão tipo paraquedista, pois deve ser usado somente em situações em que o trabalhador permanece parado e não corre o risco de ficar suspenso. |
EPI para trabalho em altura: Talabarte de segurança antiquedas |
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O talabarte é um elemento de conexão entre o cinturão e o ponto de fixação. Também conhecido como duplo talabarte, ele possui dois elementos de fixação para garantir a mobilidade do trabalhador. Ou seja, enquanto um está fixo, o outro pode ser mudado de ponto de fixação, garantindo que sempre haverá pelo menos um ponto fixo. |
EPI para trabalho em altura: Talabarte de posicionamento |
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O talabarte de posicionamento é o elemento que conecta o cinturão de segurança a um dispositivo de ancoragem. O talabarte de posicionamento deve ser usado quando o trabalhador estiver parado trabalhando. Ele não serve para o deslocamento, visto que ele não pode ser removido para depois mudar de lugar. |
EPI para trabalho em altura: Trava-queda para linha flexível |
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O trava-quedas é um dispositivo que fixa o cinturão a uma linha da vida e se move sem a necessidade do uso das mãos. É um equipamento muito prático para a mobilidade do trabalhador. Funciona melhor com o uso do talabarte, pois, ao chegar ao local de trabalho, o trabalhador pode usar ambos os dispositivos. |
EPI para trabalho em altura: Trava-queda para linha rígida |
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O trava-quedas é um dispositivo que fixa o cinturão a uma linha da vida rígida, podendo ser de trilho ou cabo de aço, e se move sem a necessidade do uso das mãos. É um equipamento muito prático para a mobilidade do trabalhador, deslizando livremente e travando somente em caso de queda. |
EPI para trabalho em altura: Trava-queda retrátil |
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O trava-queda retrátil é um dispositivo que conecta o cinto a um ponto fixo superior. Ele libera a movimentação enquanto solicitado lentamente. Em caso de queda ele trava e sustenta o trabalhador. |
EPI para trabalho em altura: Absorvedor de energia |
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O absorvedor de energia ou impacto é um dispositivo usado entre o ponto de fixação e o ponto de sustentação do trabalhador. Devido a sua deformação controlada, em caso de queda, ele absorve o impacto reduzindo os danos ao trabalhador. |
Cuidados que se deve ter com o EPI para trabalho em altura
Tão importante quanto a escolha do EPI para trabalho em altura é a sua conservação e higienização, veja a seguir algumas dicas importantes:
- Respeite os prazos de validade do EPI para trabalho em altura;
- Armazene-o adequadamente;
- Mantenha-o limpo;
- Não o exponha demasiadamente ao sol (guarde-o na sombra);
- Não o exponha demasiadamente à umidade (guarde-o seco);
- Evite contato com produtos químicos;
- Inspecione sempre o equipamento antes do uso. Em caso de dúvida, não o use.
Considerações finais
Lembre-se: escolher e distribuir os EPIs para os trabalhadores representa apenas o início de um bom trabalho de prevenção. Para garantir a segurança dos seus colegas é preciso:
- Fazer as entregas no tempo certo;
- Monitorar o uso e as condições dos EPIs;
- Treinar os trabalhadores quanto ao uso; e
- Ter planos de ação eficazes para sanar os problemas e promover a melhoria contínua.
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Entenda sobre o controle de distribuição de EPI
Os equipamentos de proteção individual (EPI) servem para proteger tanto o trabalhador quanto a empresa. Porém, para que tudo funcione bem, algumas rotinas devem ser estabelecidas e respeitadas. Ter um controle de distribuição de EPI pode ser importante para ações judiciais trabalhistas, principalmente em casos de acidentes ou processos trabalhistas.
ENTENDA SOBRE O CONTROLE DE DISTRIBUIÇÃO DE EPI
Todo processo laboral submete o trabalhador a algum nível de risco. Sempre que possível, cabe a empresa tentar eliminar o risco na sua origem. Porém, algumas vezes, isso não se faz possível, então a empresa deve tentar tomar medidas para a proteção coletiva, ou seja, tentar isolar o risco. Essas medidas de proteção coletiva também são conhecidas como medidas de controle de engenharia. Quando nenhuma dessas ações eliminou a causa, então a empresa deve adotar os equipamentos de proteção individual (EPI).
O que o Ministério do Trabalho diz?
Quando a empresa toma a decisão de adotar algum EPI, ela automaticamente fica sujeita à norma regulamentadora NR-6 do Ministério do Trabalho. No seu item 6.3, ela esclarece:
6.3 A empresa é obrigada a fornecer aos empregados, gratuitamente, EPI adequado ao risco, em perfeito estado de conservação e funcionamento, nas seguintes circunstâncias:
a) sempre que as medidas de ordem geral não ofereçam completa proteção contra os riscos de acidentes do trabalho ou de doenças profissionais e do trabalho;
b) enquanto as medidas de proteção coletiva estiverem sendo implantadas; e,
c) para atender a situações de emergência.
Neste momento, já nos deparamos com a primeira questão: “Como a empresa prova que entregou gratuitamente os EPIs?”. A única resposta é: com um controle de distribuição de EPI.
Além disso, a NR-6 também diz o seguinte:
6.6.1 Cabe ao empregador quanto ao EPI:
a) adquirir o adequado ao risco de cada atividade;
b) exigir seu uso;
c) fornecer ao trabalhador somente o aprovado pelo órgão nacional competente em matéria de segurança e saúde no trabalho;
d) orientar e treinar o trabalhador sobre o uso adequado, guarda e conservação;
e) substituir imediatamente, quando danificado ou extraviado;
f) responsabilizar-se pela higienização e manutenção periódica;
h) registrar o seu fornecimento ao trabalhador, podendo ser adotados livros, fichas ou sistema eletrônico.
O que fazer para atender a NR-6?
Com isso, surge mais uma série de perguntas, como:
- Como a empresa comprova que adquiriu o EPI adequado ao risco? – Com um controle de distribuição de EPI!
- Como a empresa comprova que está exigindo o uso do EPI? – Com um controle de distribuição de EPI!
- Como a empresa comprova que o EPI fornecido foi aprovado por um órgão competente? – Com um controle de distribuição de EPI!
- Como a empresa comprova que o trabalhador foi treinado ao uso do EPI? – Com um controle de distribuição de EPI!
- Como a empresa comprova que os EPIs danificados estão sendo substituídos? – Com um controle de distribuição de EPI!
- Como a empresa comprova que os EPIs estão sendo higienizados e mantidos? – Com um controle de distribuição de EPI!
- E finalmente, como a empresa registra o fornecimento dos EPIs? – Com um controle de distribuição de EPI!
Definições do controle de distribuição de EPI
Para que a empresa, juntamente com o SESMT possam ter um bom controle de distribuição de EPI, antes de mais nada se deve definir:
- Quais EPIs devem ser distribuídos por cargo;
- Quais são os trabalhadores que exercem os cargos que requerem EPI;
- Para cada EPI requerido, quais são os fabricantes e modelos que atendem aos requisitos do risco;
- Para cada modelo de EPI, qual é a validade do seu certificado de aprovação (CA-EPI) junto ao Ministério do Trabalho;
- De quanto em quanto tempo o EPI deve ser trocado;
- Qual a validade do EPI impressa na embalagem;
Tarefas do controle de distribuição de EPI
Tendo tudo definido, cabe ao SESMT manter o controle de distribuição de EPI da seguinte forma:
- Identificar todo novo Trabalhador e aplicar o treinamento de cada EPI que ele for usar. Imprimir um certificado de participação, colher a assinatura e arquivar;
- Identificar os Trabalhadores que estiverem com treinamento vencido e aplicar o treinamento. Imprimir o certificado de participação, colher a assinatura e arquivar;
- Identificar os EPIs cuja validade estiver vencida, os EPIs danificados e os EPIs que já estiverem na hora de trocar. Comprar os EPIs, fazer a entrega, colher a assinatura e arquivar;
- Monitorar, periodicamente se os EPIs estão sendo usados e em bom estado. Caso não, substituir o EPI ou advertir o Trabalhador.
Esse é o dia a dia do SESMT quanto ao controle de distribuição de EPI. Porém, não se deve esquecer do controle de estoque de EPIs. Saber com antecedência o que se vai precisar é imprescindível para não deixar faltar nada.
Automatizando o controle de distribuição de EPI
Já se foi o tempo em que se fazia o controle de distribuição de EPI com o uso de um caderno ou com fichas de EPI. Hoje em dia, temos a tecnologia nos auxiliando na tarefa de controlar as atividades do SESMT de maneira muito simples, eficiente e econômica.
A CM Center, no seu software on-line de sistema de gestão de segurança do trabalho, tem, entre outros módulos, um que lhe ajuda no controle de distribuição de EPI. Faça agora mesmo um teste e veja como tudo ficou bem mais simples.
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Cuidar da vida dos seus colegas e da integridade da sua empresa vale muito. Não ponha tudo a perder confiando na sua memória ou em processos manuais.
Um abraço,
Alvaro Freitas