EPI para Eletricista: saiba mais sobre eles

EPI para Eletricista: Atividades, perigos e cuidados

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O trabalho realizado pelos eletricistas envolve muito mais riscos e perigos do que o choque elétrico ou a eletrocussão. Neste artigo vamos relacionar as principais atividades e os riscos que demandam EPI para eletricista.

 

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1.   ATIVIDADES QUE DEMANDAM EPI PARA ELETRICISTA

A atividade de eletricista abrange uma gama de tarefas que pode ser dividida de uma forma geral nas seguintes áreas:

  • Eletricista residencial;
  • Eletricista predial;
  • Eletricista industrial; e
  • Eletricista projetista.

Em qualquer uma das áreas de atuação acima. Apesar da diversidade de atividades e consequentemente de riscos. Temos em comum a necessidade do uso de EPI para Eletricista.

Segundo o site “Sala da Elétrica: conhecimento a seu alcance”, as principais atividades do eletricista são:

  1. Manutenção Corretiva;
  2. Manutenção Preventiva;
  3. Manutenção Preditiva;
  4. Execução de instalações elétricas;
  5. Vistoria de instalação;
  6. Elaboração de pequenos projetos;
  7. Elaboração de propostas comerciais; e muito mais.

Listar todas as atividades do eletricista seria uma tarefa muito árdua. Porém, como o nosso intuito é o de identificar os perigos e consequentemente o EPI para eletricista, vamos partir dessas atividades.

 

2.   PERIGOS RELACIONADOS AS ATIVIDADES DOS ELETRICISTAS

As atividades relacionadas aos eletricistas envolvem uma série de riscos que vão muito além do choque. Nos próximos parágrafos vamos tentar relacionar os riscos e perigos mais comuns:

Choque elétrico:

O contato de alguma parte do corpo com a energia elétrica. Embora o choque elétrico possa não ser letal, ele produz uma reação incontrolável e muitas vezes violenta. Essa reação pode causar quedas ou acidentes maiores. A NR-10: Segurança em instalações e serviços em eletricidade, deve ser seguida na íntegra em todas as tarefas relacionadas ao eletricista.

Eletrocussão:

É a morte provocada pela exposição do corpo a uma carga letal de energia elétrica, como em uma cadeira elétrica. É causada pela passagem de corrente elétrica pelo corpo, principalmente pelo coração ou pelo cérebro.

Queda de altura:

O trabalho do eletricista normalmente envolve fiação e equipamentos instalados em alturas elevadas. Qualquer trabalho realizado acima de 2 metros, deve ser monitorado. A NR-35: Trabalho em altura, deve ser sempre consultada e seguida.

Trabalho em espaço confinado:

É muito comum se ter fiação enterrada ou em galerias de difícil acesso. Os riscos de se trabalhar em espaço confinado são muitos, inclusive contaminação e asfixia. Os cuidados com os trabalhadores nessas condições devem respeitar a NR-33: Segurança e saúde nos trabalhos em espaços confinados.

Impactos de objetos sobre o crânio:

O trabalho do eletricista normalmente se dá em lugares que oferecem riscos de impactos no crânio.
Impactos de partículas volantes nos olhos: A atividade do eletricista normalmente envolve cortar fios e cabos que liberam partículas que podem atingir os olhos.

Contato com níveis de pressão sonora elevados:

O trabalho próximo a máquinas e motores normalmente submetem o trabalhador a níveis de ruído muito superiores ao considerável salubre.

Inalação do poeiras, névoas e fumos:

Os ambientes de trabalho, quando afetados por partículas suspensas e produtos químicos podem vir a se tornar muito insalubres.

Contato com umidade e chuva:

É muito comum que o eletricista tenha que trabalhar na chuva ou em lugares úmidos, podendo vir a produzir doenças profissionais.

Impactos de quedas de objetos sobre os pés e artelhos:

Acidentes nos pés e tornozelos são muito comuns dependendo do local de trabalho. Sendo assim, a proteção dos pés e artelhos deve ser considerada.

 

3.   ESCOLHA DO EPI PARA ELETRICISTA

Baseado nos riscos, a NR-6: – Equipamento de Proteção Individual – EPI no seu Anexo I traz uma listagem de equipamentos de proteção que devem ser usados. Apresento a seguir uma coletânea relacionada ao trabalho do eletricista e seus riscos. Obviamente, nem todas as atividades carecem de todos esses EPIs, porém, convém analisar previamente.

EPI para Eletricista: Choque elétrico e Eletrocussão

A.1.b Capacete para proteção contra choques elétricos;

F.1.c Luvas para proteção das mãos contra choques elétricos;

F.3.a Manga para proteção do braço e do antebraço contra choques elétricos;

G.1.b Calçado para proteção dos pés contra agentes provenientes de energia elétrica;

H.2.c Vestimenta condutiva para proteção de todo o corpo contra choques elétricos;

EPI para eletricista: Queda de altura

I.1.a Cinturão de segurança com dispositivo trava-queda para proteção do usuário contra quedas em operações com movimentação vertical ou horizontal;

I.2.c Cinturão de segurança COM TALABARTE para proteção do usuário contra riscos de queda no posicionamento em trabalhos em altura;

EPI para eletricista: Impactos de objetos sobre o crânio

A.1.a Capacete para proteção contra impactos de objetos sobre o crânio;

EPI para eletricista: Impactos de partículas volantes nos olhos

B.1.a Óculos para proteção dos olhos contra impactos de partículas volantes;

EPI para eletricista: Contato com níveis de pressão sonora elevados

C.1.a Protetor auditivo circum-auricular para proteção do sistema auditivo contra níveis de pressão sonora superiores ao estabelecido na NR-15, Anexos n.º 1 e 2;

EPI para eletricista: Inalação do poeiras, névoas e fumos

D.1.b Respirador purificador de ar para proteção das vias respiratórias contra poeiras, névoas e fumos;

EPI para eletricista: Contato com umidade e chuva

E.1.e Vestimenta para proteção do tronco contra umidade proveniente de precipitação pluviométrica;

EPI para eletricista: Impactos de quedas de objetos sobre os pés e artelhos

G.1.a Calçado para proteção contra impactos de quedas de objetos sobre os artelhos;

 

4.   USO E HIGIENIZAÇÃO DO EPI PARA ELETRICISTA
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A conservação de EPI é uma atividade de suma importância que deve ser conhecida por todos os envolvidos. Um EPI mal conservado ou sujo pode causar uma falsa ilusão de proteção, colocando o trabalhador e a empresa em risco. Evite isso adotando práticas simples e fundamentais.

 

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Conservação de EPI

Usar um EPI defeituoso confere ao usuário uma falsa sensação de segurança e pode causar mais danos do que benefícios. Todos os EPI devem ser regularmente verificados quanto ao desempenho e mantidos em boas condições de trabalho para que o equipamento possa continuar oferecendo o necessário grau de proteção para o qual foi projetado.

Em geral, a manutenção inclui limpeza, desinfecção, substituição, reparação, exame e teste.

Conservação de EPI: Cronograma de Manutenção

Um cronograma de manutenção deve ser estabelecido para cada equipamento e atribuído a pessoas competentes para realizar o trabalho de manutenção. O cronograma deve incluir:

  • Designação de pessoal para conservação de EPI e suas responsabilidades;
  • Procedimentos de verificação, limpeza, desinfecção e armazenamento;
  • Informações sobre o prazo de validade ou vida útil de certos EPI, como capacetes de segurança, luvas, vasos de respiradores;
  • Treinamento sobre a manutenção correta do EPI no local de trabalho;
  • Horário para verificação de desempenho, limpeza, desinfecção e outros trabalhos de manutenção; e
  • Critérios de substituição.

Conservação de EPI: Inspeção

O EPI deve ser examinado para garantir que esteja em bom estado de funcionamento antes de ser entregue para o usuário. O EPI também deve ser examinado antes de ser colocado e não deve ser usado se for considerado defeituoso, sujo ou não com higiene.

Conservação de EPI: Higienização

É importante que todos os EPI sejam mantidos limpos. A limpeza é particularmente importante para equipamento de proteção visual onde lentes sujas ou embaçadas possam dificultar a visão.

Segregação de EPIs

Todo o equipamento defeituoso deve ser retirado do serviço imediatamente e deve ser reparado ou descartado, conforme aplicável. Para a perfeita conservação de EPI, deve ser estabelecido um procedimento para alertar todos pessoal que um determinado equipamento está em manutenção ou está com defeito e não deve ser usado. O procedimento deve ser divulgado a todos os funcionários. Após reparo ou a manutenção, o EPI deve ser verificado para o desempenho antes de ser posta em serviço novamente.

Substituição do EPI

A boa conservação de EPI, apesar de prolongar a vida do EPI, deve também ajudar a identificar o momento da substituição do equipamento. Todos os EPIs devem ser substituídos nas seguintes condições:

  • Quando já não fornecer o nível de proteção necessário para o usuário contra o perigo particular;
  • Quando a vida útil do serviço, conforme especificado pelo fabricante do equipamento, tenha expirado; ou
  • Quando estiver danificado e não poder mais ser reparado.
  • Armazenamento de EPI

Para se manter a conservação de EPI, todos os equipamentos de proteção individual devem ser fornecidos com embalagem apropriada para o armazenamento quando estiver fora de uso. O armazenamento deve ser adequado para proteger o EPI de contaminação ou danos causados por substâncias prejudiciais, úmidas ou a luz solar. O EPI deve ser retornado, após o uso, para o local de armazenamento fornecido.

Quando o EPI fica contaminado durante o uso, ele deve ser limpo ou desinfetado, antes de retornar ao seu local de armazenamento. Se isso não for possível, o EPI contaminado deve ser armazenado separadamente para prevenir a contaminação cruzada e deve ser adequadamente identificado.

 

Fonte: U.S. Department of Labor: Personal Protective Equipment – Cleaning, Maintenance and Replacement

Fonte: Labour Department The Government of the Hong Kong: Guidance Notes on PPE for Use and Handling

Considerações finais

Lembre-se: escolher e distribuir os EPIs para os trabalhadores representa apenas o início de um bom trabalho de prevenção. Para garantir a segurança dos seus colegas é preciso:

  • Fazer as entregas no tempo certo;
  • Monitorar o uso e as condições dos EPIs;
  • Treinar os trabalhadores quanto ao uso; e
  • Ter planos de ação eficazes para sanar os problemas e promover a melhoria contínua.

Para isso, você precisa de um software que lhe ajudar na gestão da segurança da sua empresa. A CM Center possui uma solução simples e completa a um preço muito acessível. Acesse agora mesmo e faça um “Test Drive” sem nenhum compromisso.

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Entenda sobre o controle de distribuição de EPI

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Os equipamentos de proteção individual (EPI) servem para proteger tanto o trabalhador quanto a empresa. Porém, para que tudo funcione bem, algumas rotinas devem ser estabelecidas e respeitadas. Ter um controle de distribuição de EPI pode ser importante para ações judiciais trabalhistas, principalmente em casos de acidentes ou processos trabalhistas.

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ENTENDA SOBRE O CONTROLE DE DISTRIBUIÇÃO DE EPI

Todo processo laboral submete o trabalhador a algum nível de risco. Sempre que possível, cabe a empresa tentar eliminar o risco na sua origem. Porém, algumas vezes, isso não se faz possível, então a empresa deve tentar tomar medidas para a proteção coletiva, ou seja, tentar isolar o risco. Essas medidas de proteção coletiva também são conhecidas como medidas de controle de engenharia. Quando nenhuma dessas ações eliminou a causa, então a empresa deve adotar os equipamentos de proteção individual (EPI).

O que o Ministério do Trabalho diz?

Quando a empresa toma a decisão de adotar algum EPI, ela automaticamente fica sujeita à norma regulamentadora NR-6 do Ministério do Trabalho. No seu item 6.3, ela esclarece:

6.3 A empresa é obrigada a fornecer aos empregados, gratuitamente, EPI adequado ao risco, em perfeito estado de conservação e funcionamento, nas seguintes circunstâncias:

a) sempre que as medidas de ordem geral não ofereçam completa proteção contra os riscos de acidentes do trabalho ou de doenças profissionais e do trabalho;

b) enquanto as medidas de proteção coletiva estiverem sendo implantadas; e,

c) para atender a situações de emergência.

Neste momento, já nos deparamos com a primeira questão: “Como a empresa prova que entregou gratuitamente os EPIs?”. A única resposta é: com um controle de distribuição de EPI.

Além disso, a NR-6 também diz o seguinte:

6.6.1 Cabe ao empregador quanto ao EPI:

a) adquirir o adequado ao risco de cada atividade;

b) exigir seu uso;

c) fornecer ao trabalhador somente o aprovado pelo órgão nacional competente em matéria de segurança e saúde no trabalho;

d) orientar e treinar o trabalhador sobre o uso adequado, guarda e conservação;

e) substituir imediatamente, quando danificado ou extraviado;

f) responsabilizar-se pela higienização e manutenção periódica;

h) registrar o seu fornecimento ao trabalhador, podendo ser adotados livros, fichas ou sistema eletrônico.

O que fazer para atender a NR-6?

Com isso, surge mais uma série de perguntas, como:

  • Como a empresa comprova que adquiriu o EPI adequado ao risco? – Com um controle de distribuição de EPI!
  • Como a empresa comprova que está exigindo o uso do EPI? – Com um controle de distribuição de EPI!
  • Como a empresa comprova que o EPI fornecido foi aprovado por um órgão competente? – Com um controle de distribuição de EPI!
  • Como a empresa comprova que o trabalhador foi treinado ao uso do EPI? – Com um controle de distribuição de EPI!
  • Como a empresa comprova que os EPIs danificados estão sendo substituídos? – Com um controle de distribuição de EPI!
  • Como a empresa comprova que os EPIs estão sendo higienizados e mantidos? – Com um controle de distribuição de EPI!
  • E finalmente, como a empresa registra o fornecimento dos EPIs? – Com um controle de distribuição de EPI!

Definições do controle de distribuição de EPI

Para que a empresa, juntamente com o SESMT possam ter um bom controle de distribuição de EPI, antes de mais nada se deve definir:

  1. Quais EPIs devem ser distribuídos por cargo;
  2. Quais são os trabalhadores que exercem os cargos que requerem EPI;
  3. Para cada EPI requerido, quais são os fabricantes e modelos que atendem aos requisitos do risco;
  4. Para cada modelo de EPI, qual é a validade do seu certificado de aprovação (CA-EPI) junto ao Ministério do Trabalho;
  5. De quanto em quanto tempo o EPI deve ser trocado;
  6. Qual a validade do EPI impressa na embalagem;

Tarefas do controle de distribuição de EPI

Tendo tudo definido, cabe ao SESMT manter o controle de distribuição de EPI da seguinte forma:

  1. Identificar todo novo Trabalhador e aplicar o treinamento de cada EPI que ele for usar. Imprimir um certificado de participação, colher a assinatura e arquivar;
  2. Identificar os Trabalhadores que estiverem com treinamento vencido e aplicar o treinamento. Imprimir o certificado de participação, colher a assinatura e arquivar;
  3. Identificar os EPIs cuja validade estiver vencida, os EPIs danificados e os EPIs que já estiverem na hora de trocar. Comprar os EPIs, fazer a entrega, colher a assinatura e arquivar;
  4. Monitorar, periodicamente se os EPIs estão sendo usados e em bom estado. Caso não, substituir o EPI ou advertir o Trabalhador.

Esse é o dia a dia do SESMT quanto ao controle de distribuição de EPI. Porém, não se deve esquecer do controle de estoque de EPIs. Saber com antecedência o que se vai precisar é imprescindível para não deixar faltar nada.

Automatizando o controle de distribuição de EPI

Já se foi o tempo em que se fazia o controle de distribuição de EPI com o uso de um caderno ou com fichas de EPI. Hoje em dia, temos a tecnologia nos auxiliando na tarefa de controlar as atividades do SESMT de maneira muito simples, eficiente e econômica.

A CM Center, no seu software on-line de sistema de gestão de segurança do trabalho, tem, entre outros módulos, um que lhe ajuda no controle de distribuição de EPI. Faça agora mesmo um teste e veja como tudo ficou bem mais simples.

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Cuidar da vida dos seus colegas e da integridade da sua empresa vale muito. Não ponha tudo a perder confiando na sua memória ou em processos manuais.

 

Um abraço,

Alvaro Freitas

 

 

Publicado em EPI