Instalar equipamentos de proteção e distribuir EPIs é fundamental para conter os riscos de uma empresa. Porém, só isso não basta, temos que manter um Plano de Monitoramento eficaz.
Quantas vezes entregamos óculos de proteção para alguém, o ensinamos a usar e quando vamos ver, ele não está usando? Ou ainda, instalamos um extintor de incêndio no local adequado e no dia seguinte, descobrimos que ele mudou de lugar.
Infelizmente isso é muito mais comum do que gostaríamos que fosse. O problema é que a empresa é responsável por exigir o uso dos EPIs (NR-6 item 6.6.1 b http://www.normaslegais.com.br/legislacao/trabalhista/nr/nr6.htm ). Dessa forma, se a empresa não tiver um plano de monitoramento dos EPIs, terá dificuldades de provar que zela por eles.
Outra questão é relacionada com os demais equipamentos de proteção. Os extintores por exemplo. Segundo a NR-23:
“[…] 23.14.2 – Cada extintor deverá ser inspecionado visualmente a cada mês, examinando-se o seu aspecto externo, os lacres, os manômetros quando o extintor for do tipo pressurizado, verificando se o bico e válvulas de alívio não estão entupidos. […]”
Fonte: http://www.normaslegais.com.br/legislacao/trabalhista/nr/nr23.htm
Esses são apenas dois exemplos de centenas de outros que a empresa deve manter a atenção. A questão é: não existe outra maneira de se garantir que os equipamentos de proteção estejam em ordem sem ir até lá. Além disso, não basta ir quando se tem vontade, devemos ter um plano e uma rotina bem definida. A isso chamamos de Plano de Monitoramento.
Plano de Monitoramento
O Plano de Monitoramento nada mais é do que uma rotina de inspeção documentada. Um bom Plano de Monitoramento deve conter no mínimo:
- Uma relação de tudo que se vai inspecionar. Por exemplo: Óculos de proteção do Eletricista; Extintor de CO2 da portaria; mangueira de incêndio do hidrante da fábrica; botoeira de emergência da sala de reuniões; etc…
- Periodicidade de inspeção. Exemplo: semanal; mensal; semestral ou anual;
- Responsável pela inspeção;
- Itens a serem inspecionados. Por exemplo: Para os extintores – aspecto externo, os lacres, os manômetros, bico e válvulas de alívio não estão entupidos.
Vale lembrar que o plano de monitoramento e o seu atendimento demonstra o zelo que a empresa tem com a segurança. Portanto, guardar provas de que o monitoramento foi feito, vai ajudar na hora de um acidente ou processo trabalhista.
Por isso, convém que se prepare um check-list impresso para ser datado e assinado pelo responsável. Que nesse check-list seja registrada a situação real encontrada.
Como se usa o Plano de Monitoramento?
Com o histórico dos monitoramentos realizados e com a periodicidade de cada item, se prepara o check-list do que se vai monitorar.
Então, se imprime essa lista e se entrega ao inspetor ou auditor que vai a campo fazer a verificação. A cada verificação, o inspetor anota o que encontrou de falha. No final, assina e data a listagem e a entrega ao responsável pelo SESMT.
O responsável pelo SESMT analisa o monitoramento e decide as ações que deverão ser tomadas, abrindo, se necessário, um Plano de Ação.
Observem que problemas recorrentes sem ação depõem contra o SESMT e consequentemente contra a empresa, então, muita atenção.
Sabemos que o monitoramento, somente dos EPIs já requer um plano com tantos itens quantos forem os EPIs em uso. Isso normalmente é muita coisa.
Sabemos também que ao relacionarmos todos os equipamentos de proteção coletiva, sinalizações, equipamentos de combate a incêndio e dispositivos de proteção de máquinas (NR-12 http://www.normaslegais.com.br/legislacao/trabalhista/nr/nr12.htm ) teremos um número ainda maior.
O Plano de Monitoramento deve ser bem feito e estar sendo respeitado, gerando Planos de Ação que resolvam o problema. É importante também que a manipulação das periodicidades seja fácil de fazer. Por exemplo: mensalmente você verifica um mesmo problema, então, como ação, você passa a verificar semanalmente.
É importante também que se tenha um histórico claro, para um caso mais grave. Por exemplo: ter uma prova de que o detector de gás foi verificado semanalmente e nunca apresentou problema.
A questão é, como controlar tudo isso?
Não controlar não é a solução. O risco é muito grande para se ter uma talha de toneladas despencando na cabeça de alguém simplesmente porque esquecemos de inspecionas as correias.
Inspecionar sem um controle formal é muito arriscado e não gera provas da nossa atuação.
Manter um controle no papel ou em Excel é algo muito complicado e pouco flexível.
A solução
Para isso, a melhor solução é que a empresa tenha um sistema de gestão do Plano de Monitoramento informatizado e de preferência on-line e com controle de acesso, registrando quem e quando fez cada monitoramento.
A CM Center possui um módulo capaz de fazer isso e muito mais. Ele faz parte do Sistema de Gestão de Segurança. Ele é totalmente on-line, simples, seguro e muito acessível para qualquer tamanho de empresa.
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Alvaro Freitas